Iris Van Herpen I Jardins Suspensos
Jardins suspensos, como na Babilónia ou jardins do Paraíso, onde se descobriu o amor a que alguns que chamam pecado…
Jardins de fantasia semeados na imaginação prodigiosa dos poetas, na mente rigorosa dos escritores, na paleta mágica dos pintores… jardins do Olimpo, onde Zeus presidia às reuniões dos Deuses e decidia dos dias e das noites, da formusura das estações, do agreste inverno ou da menina doce primavera…
Jardins de ficar suspensos onde se espraiam os olhos e os dedos se tocam porque ainda há amor para inventar. Porque ainda há jardins onde os melhores sonhos desapontam, junto aos lagos mansos que acolhem cisnes de vidas brancas…
Jardins a nossa fantasia percorrida de flores borboleta à solta nestas mãos que escrevem desejando a vastidão de um jardim sereno onde cantam os rouxinóis e se beijam os namorados.
Marionela Gusmão