O renascimento de D. Amélia de Leuchtenberg

Lançamento da Obra

“Amélia de Leuchtenberg: Imperatriz do Brasil e Duquesa de Bragança”

A vida cultural portuguesa foi, esta semana, marcada pelo lançamento de um livro muito especial: o da história da infância, juventude e idade adulta de D. Amélia de Leuchtenberg.

O volume Intitulado Amélia de Leuchtenberg Imperatriz do Brasil | Duquesa de Bragança é de autoria de Cláudia Thomé Witte, tendo sido apresentado pela historiadora Maria de Jesus Monge, antiga directora do Paço Ducal de Vila Viçosa.

A sessão, que decorreu na Sala das Tapeçarias Espanholas do Palácio da Ajuda, foi patrocinada pelos Monumentos de Portugal e pelo historiador José Alberto Ribeiro, director do Palácio da Ajuda.

O livro foi editado, com extrema qualidade gráfica, pela editora By the Book, dirigida por Ana Albuquerque.

A monarca era neta de Napoleão e foi a segunda mulher de D. Pedro IV, tornando-se Imperatriz do Brasil e Duquesa de Bragança.

Viúva muito jovem, fixou-se definitivamente em Lisboa, adoptando Portugal como sua pátria, defendendo a monarquia liberal, e dedicando-se a educar a filha, Maria Amélia, que vai desaparecer prematuramente.

D. Amélia de Leuchtenberg teve um importante papel social, dado o apoio aos mais carenciados, especialmente crianças e tuberculosos, um enorme flagelo nesse tempo.

Na Madeira, a Imperatriz fundou o Hospital Princesa Dona Amélia, dedicado ao tratamento da tuberculose, instituição ainda existente.

A monarca desapareceu em 1873, vivendo em três reinados, D. Maria II, D. Pedro V e D. Luís, não integrando oficialmente a casa-real portuguesa.

A biografia resulta de uma longa investigação, revelando-nos centenas de documentos inéditos, espalhados por colecções públicas e privadas, bem como estudos sobre as obras de arte, especialmente as fabulosas jóias que lhe pertenceram, e os interiores do Palácio das Janelas Verdes, hoje Museu de Arte Antiga, onde a soberana viveu.

O livro resgata do esquecimento uma figura discreta, mas marcante, da nossa história liberal.

                                                                                                                                   António Brás

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