500 anos de Luís de Camões no MNAA
Englobando vários géneros artísticos, a exposição baseada num extenso trabalho da historiadora Raquel Henriques da Silva, encontra-se patente no Museu de Arte Antiga, em Lisboa, até 29 de Setembro.
A mostra reúne um escolhido número de trabalhos, desenhos e óleos, realizados entre 1796 a 1876, provenientes dos museus de Arte Antiga, Chiado e de algumas colecções privadas.
Através da exposição podemos observar as diversificadas e continuas interpretações românticas de Luís de Camões, cada uma no seu universo criativo, através de obras de Vieira Portuense, de Domingos Sequeira, de Francisco Metrass, de Joaquim Pedro de Sousa e de Columbano
Na globalidade, o evento oferece-nos uma perpespectiva da arte portuguesa no aspecto camoniano, nunca antes realizada, embora efémero, do nosso romantismo pleno de originalidade e criatividade.
“Camões foi, no século XIX, uma presença constante na arte portuguesa e, o que é excepcional, na arte europeia….”, escreve Raquel Henriques da Silva no catálogo da exposição, comissariada pela historiadora e por Alexandra Gomes Markl, conservadora da colecção de desenhos do MNAA.
Num mundo cada mais desafiante, concorrente e com perda de valores, torna-se reconfortante observar esta mostra, onde o fulgor criativo presta homenagem ao nosso poeta maior.
António Brás