Mesa de Natal I Requinte e Tradição
Ainda no mês de Novembro, mal acaba o S. Martinho e as festas na Golegã, já muitos de nós olhamos o calendário, fazemos contas, informamo-nos que feiras ou vendas de caridade se aproximam para ultimarmos as compras de Natal. Os nossos corações ficam num alvoroço diante das faltas das figurinhas dos presépios quando nos damos conta que o rebanho tem menos ovelhinhas, que a ponte por onde passa o riacho imaginário, tem que ser substituída… E, aqueles que aderiram à moda das árvores de Natal, percebem que esteve tudo guardado um ano, que há bolas que se partiram e que o sistema eléctrico terá de ser substituído. O alvoroço maior está no coração das crianças, sobretudo daquelas que nasceram insatisfeitas e, por mais brinquedos que lhes ofereçam, uma “play station” com novidades revolucionárias, é outro alvoroço.
A isto, os mais sisudos chamam: consumismo! E têm muita razão. Mas, este consumismo anima os mercados, as ruas e os sonhos dos pequenos e crescidos.
O Natal lembra-nos sempre as Histórias de Encantar que foi leitura obrigatória de quando éramos crianças. A leitura das lendas nas noites em que a lua nova ilumina os campos e os vales; os anjos se comportam como o que são: meninos ingénuos e felizes; o ar mais cálido e suave do que habitualmente… As flores a exalarem aromas como se fizessem parte integrante de uma sinfonia…
Mas, também há quem recorde o Natal de 1811, quando Napoleão trabalhava sem descanso, completamente só, no Palácio das Tulherias onde sobre a sua mesa de trabalho só se viam Atlas e grandes registos encadernados com o N e a coroa do seu império.
Em Paris, na noite de 24 de Dezembro de 1811, em todas as igrejas soavam os sinos a chamar os fiéis para a festa comemorativa do nascimento do Menino Jesus.
Napoleão, escuta os sinos a advertirem que é Natal. Pela sua memória passa a Missa da meia-noite de um dos seus tios em Ajaccio, a sua numerosa família, testemunho de tanta pobreza suportada com coragem e a beleza da sua mãe a presidir à ceia frugal em que comiam castanhas.
Depois, regressou à sua realidade e exclamou imaginando que ninguém o ouvia: “o meu filho, filho de um Imperador vitorioso e da Arquiduquesa de Áustria, não conhecerá as misérias pelas quais a família Bonaparte passou”. A seguir olha para os mapas e recomeça a imaginar a derrota de Inglaterra e a chegada à India… Sente o seu coração alvoraçado.
Levanta-se e vai à procura do seu filho recém-nascido. Caminha pelos corredores fora até alcançar o berço do seu menino. O Rei de Roma dorme profundamente. Napoleão contempla-o e pensa nos grandes dignatários da sua corte, nos seus generais mais ilustres que os heróis de Homero…
Embriagado pela ambição, pensa mais que nunca no seu grande exército e na conquista da Rússia e das Índias e promete interiormente, deixar ao seu herdeiro todos os tronos do velho mundo.
Nas igrejas e em casa, todas as famílias regozijam com o nascimento de Jesus, sem sangue nem vitórias, mas com o Evangelho de Paz e Amor. Decorreram mais de dois séculos e a Paz total, como todos os homens de boa vontade tanto desejam, ainda não chegou.
Agora, já não se questiona a glória mundana e a humildade de um Deus. Para essa gente da Síria e seus acólitos que semeia o terror em nome nem sabemos do quê, há um paradoxo que se torna um pesadelo para o mundo cristão.
A história oferece histórias assombrosas, como estas duas – a alegria do Natal e a da soberba humana – que infelizmente vive em muitos dos nossos irmãos em Cristo. Para os ultimos, muito em especial, vão as nossas orações deste Natal de 2024 .
Para todos, sem excepção, seja os que passam o Natal numa cama de um serviço de saúde, no mar, em terra, num local com temperaturas altas ou à lareira nas zonas mais remotas do nosso pequeno país, a equipa da Moda & Moda, pequena mas coesa, deseja Muita Paz e Esperança num Mundo Melhor.
Apresentamos aqui algumas propostas da Alta Costura Francesa para a Festa do Natal
Marionela Gusmão