Fragrância e Forma I Design e Cultura do Perfume

Uma exposição que ultrapassa a produção e se dedica às ideias

A exposição que reúne objetos com mais de dois séculos, pretende explorar a história da cultura do perfume e a sua materialização. Com a curadoria de Andrew Howard, a exposição será apresentada pela primeira vez no dia 31 de maio, na Casa do Design, em Matosinhos, e permanecerá patente até dia 30 de setembro.

No último dia do mês de maio a Casa do Design, em Matosinhos, receberá um estudo profundo sobre a ideia de perfume e a sua materialização.

Partindo do século XIX até ao período que se demarcou entre guerras, Fragrância e Forma: Design e a Cultura do Perfume analisa minuciosamente “a ideia de perfume, e a materialização de uma estética para envolver e comercializar essa ideia”.

Andrew Howard, curador da exposição, parte da coleção privada de Afonso Oliveira, que inclui peças notáveis da arte dos frascos e embalagens de perfumes eu­ropeus, nomeadamente, a indústria portuguesa. É este o ponto central da exposição.

“O perfume apela ao nosso sentido olfativo, mas a sua a materialização é conce­bida de forma a apelar ao sentido estético. É por isso que os objetos desenhados para conter perfume, os frascos ricamente produzidos e as respetivas embalagens, são o ponto central desta exposição”, explica o curador.

A evolução da indústria da perfumaria portuguesa é representada revelando uma variedade de empresas que se dedicaram ao fabrico de perfumes, produtos de higie­ne e cosmética entre meados do século XIX e ao longo do século XX. A importância da sua comunicação, publicidade e mediatização torna-se também uma premissa nesta análise representativa e histórica que foi essencial para o desenvolvimento da cultura do perfume.

De Porto a Lisboa, passando ainda por Braga, a perfumaria portuguesa desen­volvia-se, numa primeira fase, em laboratórios farmacêuticos e era apresentada em frascos de diferentes formas arredondadas, em vidro ou cristal, usando etiquetas com ilustrações florais, símbolos políticos da época como reis e rainhas, não reco­nhecendo ainda o conceito de identidade de marca.

Com o objetivo de perceber o conceito de utilização do perfume e a sua apreciação social, estes objetos que se concretizaram ao longo de diferentes momen­tos históricos são “objetos desenhados que resultam de histórias e processos materiais particulares, contextos que dão sentido ao seu ser e à sua forma”, lê-se ainda no texto curatorial. Organizada pela Câmara Municipal de Matosinhos e a esad—idea, Investigação em Design e Arte, a exposição explora o vidro enquanto material e recipiente, bem como a arte da perfumaria e a química das fragrâncias

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