“Aquarelas recentemente redescobertas de Emily Sargent (1857–1936) capturam o mundo com uma clareza e expressividade únicas:” The Metropolitan Museum of Art.
O Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque apresenta de 1 de Julho a 8 de Março de 2026, a Exposição das aguarelas de Emily Sargent.
A mostra: “Emily Sargent: Retrato de uma Família” destaca a obra luminosa da talentosa pintora, situando-a no contexto criativo e complexo da família Sargent. Esta mostra apresenta estudos arquitectónicos de Emily Sargent, paisagens delicadas, ousadas e abstratas, ao lado de obras do seu irmão mais velho, o célebre retratista John Singer Sargent (1856–1925), e da sua mãe, Mary Newbold Sargent (1826–1906).
Composta inteiramente por obras da colecção do Metropolitan Museum of Art, o evento salienta a história singular da família e os diversos caminhos artísticos dos talentosos irmãos em três secções distintas.
A Família Sargent lança luz sobre a biografia e o histórico familiar. Inclui um caderno de esboços da matriarca Mary Newbold Sargent, uma viajante apaixonada e aguarelista amadora que incentivou as aspirações criativas aos seus filhos. Com seu o marido, Fitzwilliam Sargent, e os seus três filhos, a família levava uma existência nômade pela Europa, documentada pelos desenhos precoces do filho, como seu estudo de retrato da mãe, Mary Newbold Sargent.
Os irmãos mantinham uma relação próxima e frequentemente desenhavam e pintavam juntos.
Juntos, um hábito que manteriam por toda a vida, como é destacado na secção “Emily e John”. Inclui a aguarela “The Brook, Purtud” , que criaram juntos no norte da Itália. Esta pintura colaborativa e outras obras realizadas enquanto os irmãostrabalhavam lado a lado testemunham sua estreita relação e revelam como as suas vidas e sua arte estavam profundamente entrelaçadas.
A “Generalife”, uma deslumbrante aguarela de Emily pintada em Espanha, de John Sargent, também é exibida.
Os caminhos dos irmãos se separaram à medida que a família direccionava os seus recursos para a carreira do filho. Enquanto as ousadas pinturas de John Singer Sargent ganhavam cada vez mais atenção da crítica, a sua irmã mais nova, Emily, apoiava a sua carreira enquanto construía um conjunto de obras próprias, que permaneceu em grande parte desconhecido. Uma secção da exposição foca a sua obra, destacando as diversas técnicas de pintura que ela adoptou enquanto aperfeiçoava as suas habilidades. Observar o trabalho de Emily no contexto da sua família evidencia os desafios enfrentados pelas artistas mulheres no final do século XIX e levanta a pergunta: O quepoderia ter sido da carreira de Emily Sargent se ela tivesse tido as mesmas oportunidades que o seu irmão?
Destinada, em parte, a complementar a mostra “Sargent e Paris” do Metropolitan Museum of Art, esta mostra celebra a recente doação — feita pelos herdeiros da artista — de 26 aquarelas de Emily Sargent, que serão exibidas pela primeira vez. Esta generosa doação dá continuidade a um longo legado de contribuições da família que formou a base do vasto acervo de obras de Sargent do Museu.
A exposição “Sargent e Paris” foi recentemente publicada pela MODA&MODA.
A cor foi entendida pela Emily Sargent à maneira dos venezianos, a partir de um ponto de vista tonal, isto é, nos seus valores de luminosidade e não nos claros escuros, assim, deste modo, desaparecia o modelado e as zonas de cor justapunham-se mediante uma pincelada rápida, reduzindo o claro escuro ao mínimo, descuidando a representação do espaço tridimensional, Emily Sargent obteve uma forte nitidez de imagens, um colorido preciso e intenso e uma composição bem estruturada. Por este processo, Emily foi uma reprodutora de elementos da natureza. Estas imagens visuais, depositárias de valores plásticos e de grande qualidade pictórica, fizeram com que nós nesta revista tenhamos vibrado por trazer aos nossos leitores uma das muitas maravilhas da pintura – a da pintora singular Emily Sargent.
Theresa Bêco de Lobo