A Nova Visão Fotográfica I Vários Ensaios sobre o Olhar

“Os limites da fotografia são incalculáveis; tudo é tão recente que até mesmo o simples ato de pesquisar pode levar a resultados criativos. […] O analfabeto do futuro será aquele que desconhecer o uso da máquina fotográfica tanto quanto o da caneta”. László Moholy-Nagy, 1928

O High Museum of Art, em Atlanta apresenta uma exposição singular sobre a “Nova Visão da Fotografia”, que reúne fotografias de um século atrás com obras contemporâneas da colecção do museu de Atlanta e está patente neste museu até 4 de Janeiro de 2026.

O movimento da Nova Visão das décadas de 1920 e 1930 ofereceu uma abordagem revolucionária e uma nova visão sobre o desenvolvimento fotográfico. Ele representou uma rebelião contra os métodos fotográficos tradicionais e uma adesão à experimentação vanguardista e a técnicas inovadoras.

László Moholy-Nagy, artista e influente professor da Bauhaus na Alemanha, denominou esse período de expansão como a “Nova Visão”. Hoje, o termo abrange os desenvolvimentos fotográficos que ocorreram entre as duas Guerras Mundiais, na Europa e América.

Os fotógrafos da Nova Visão destacaram técnicas inventivas, incluindo fotogramas, fotomontagens e estudos de luz, e produziram fotografias que privilegiavam ângulos extremos e pontos de vista incomuns. Essas abordagens — que também se estenderam a movimentos mais definidos, como o Surrealismo — expressavam o desejo de encontrar e ver diferentes perspectivas no período posterior à Primeira Guerra Mundial.

Reunindo mais de cem obras da coleçcão de fotografia do High Museum of Art, a mostra destaca o impacto do movimento, desde as suas origens nos anos 1920 até os dias actuais, e demonstra o seu efeito duradouro sobre gerações subsequentes.

No ano de 2025, o High Museum of Art apresenta “A Nova Visão da Fotografia: Vários Ensaios sobre o Olhar” (13 de Junho de 2025 – 4 de Janeiro de 2026), uma exposição que reúne mais de 100 obras da notável colecção de fotografia do Museu de Atlanta para traçar o impacto do movimento da Nova Visão desde suas as origens na década de 1920 até os dias de hoje. As obras incluiem fotografias de um século atrás que exemplificam os temas do movimento, além de imagens modernas e contemporâneas que ressaltam a relevância das práticas artísticas e sociais actuais em resposta às mudanças tecnológicas e culturais ocorridas no início do século XX.

“Esta exposição oferece a oportunidade de iluminar a criatividade e as práticas inovadoras dos fotógrafos, todas inspiradas pelo progresso do meio fotográfico nas décadas de 1920 e 30”, disse Rand Suffolk, director do High Museum of Art. “Muitas das obras raramente foram exibidas, por isso é uma experiência emocionante para os visitantes vê-las e aprender sobre as habilidades dos fotógrafos ao reflectiram a realidade enquanto experimentam com técnica e perspectiva.”

Nomeada pelo influente artista e professor alemão László Moholy-Nagy, a “Nova Visão” compreendeu uma ampla variedade de explorações fotográficas que ocorreram na Europan e América nas décadas de 1920 e 1930. O movimento foi caracterizado por seu afastamento dos métodos fotográficos tradicionais. Os fotógrafos da Nova Visão destacaram técnicas experimentais, incluindo fotogramas, fotomontagens e composições que privilegiavam ângulos extremos e pontos de vista incomuns, os quais se estenderam a movimentos como o surrealismo e o construtivismo.

“A Nova Visão da Fotografia: Vários Ensaios sobre o Olhar” conta com quase 100 fotógrafos. A mostra também salienta como o movimento da Nova Visão revolucionou o meio fotográfico no início do século XX em resposta às grandes transformações sociais, económicas e tecnológicas impulsionadas pelas convulsões das duas Guerras Mundiais. Fotografias daquela época de Ilse Bing, Alexander Rodchenko, Imogen Cunningham e Moholy-Nagy são complementadas por uma multiplicidade de obras de artistas modernos e contemporâneos como Barbara Kasten, Jerry Uelsmann, Hiroshi Sugimoto e Abelardo Morell, mostrando o impacto duradouro do movimento em gerações subsequentes.

A primeira secção da exposição aborda técnicas experimentais que destacam os aspectos fotossensíveis da fotografia, seguida por obras criadas por meio de manipulações na máquina fotográfica ou adições às superfícies das impressões. As secções seguintes exploram métodos inventivos de capturar visões inesperadas do mundo, articuladas com ângulos radicais ou closes detalhados. Outras obras exibem abordagens surreais a temas como formas e corpos humanizados, o uso de espelhos e duplicações, além de cenas quotidianas intensificadas por momentos inquietantes ou distorcidas pelo jogo de luz, sombra e água.

“Não apenas o início do século XX e os seus movimentos artísticos continuam a ser influentes, mas aquele período também ecoa no nosso momento actual — igualmente consequente e inovador com o desenvolvimento de novas tecnologias emergentes e métodos de comunicação”, disse Maria L. Kelly, assistente de curadoria de fotografia do High Museum of Art. “Os movimentos e acontecimentos de um século atrás são semelhantes aos actuais e aos apresentados na exposição. Permanece o desejo de encontrar formas alternativas de ver e abordar o mundo por meio da arte, e particularmente através da fotografia.”

“A Nova Visão da Fotografia: Experimentos no Olhar” é organizada pelo High Museum of Art, Atlanta.

Theresa Bêco de Lobo

Theresa Bêco de Lobo

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